Olá pessoal, mais uma vez nos encontramos aqui no espaço Integração de Equipes!
Estamos nos encaminhando para o final de nossas atividades e, nesta semana, vamos refletir um pouco sobre o Relacionamento Interpessoal e Inteligência Emocional. Bom trabalho!
Atenção! A proposta é que, após ler o texto na íntegra, você reflita sobre as questões do quadro CERTO OU ERRADO? localizado na Aba Desafios, e após,deixe sua opinião a respeito da relação inteligência emocional x bom relacionamento no trabalho.
Data da atividade: 07 a 16/06/10
Trabalhar em equipe e construir bons relacionamentos no trabalho compreende muito mais do que habilidade técnica. É necessário desenvolver inteligência emocional.
Durante os últimos anos as organizações têm se deparado com a alta exigência do mercado e a alta competitividade, e para tanto, têm buscado meios de se tornar mais competitivas. Neste cenário, quem tem maior inteligência e mais conhecimentos atuais, supõe-se mais bem equipado para sair-se bem no trabalho e galgar altas posições na carreira profissional.
No entanto, qual a contribuição dos fatores emocionais para o êxito ou o fracasso no desempenho profissional?
Atualmente as empresas exigem mais que competência técnica, buscam profissionais que saibam trabalhar em equipe, administrar conflitos e principalmente, saibam se integrar, criando sinergia com as pessoas. O processo de interação humana está presente em toda organização e é o que mais influencia no rumo das atividades e no sucesso dos resultados. No entanto, “o manejo individual das emoções já é difícil e nem sempre bem sucedido. Quando as pessoas passam a trabalhar juntas, a dificuldade cresce geometricamente.” (MOSCOVICI, 2003).
Se as emoções fazem parte das pessoas, evidentemente influem de modo decisivo sobre o comportamento dos grupos.
As pessoas quando estão em grupo, possuem padrões próprios para funcionar e agem de forma diferente do que quando estão sós. O grupo não é a simples soma de indivíduos e comportamentos, ele assume configuração própria que influencia nas ações e nos sentimentos de cada um proporcionando sinergia, coesão, cooperação, coordenação, simpatia, carinho, harmonia, satisfação e alegria, ou mesmo, antipatia, tensão, hostilidade, insatisfação e tristeza. Pois segundo MOSCOVICI “é complicado compatibilizar ideias e emoções, raciocínio e sentimento, intuição e lógica, criatividade e tradição, e além disso produzir resultados. (2003, p.113). O mais curioso é que, mesmo o ser humano não conhecendo profundamente as pessoas, possui noções empíricas (experiências práticas) sobre as reações dos outros e já desenvolveu certa habilidade para lidar com as formas previsíveis de atuação de diferentes pessoas. Entretanto isto não impede que haja distorções no relacionamento interpessoal e interpretações errôneas sobre as pessoas e seus comportamentos. Saber avaliar esses comportamentos e as melhores formas de agir frente a eles, de certa forma, evidencia inteligência emocional.
Um fator importante para que se estabeleça bons relacionamentos no trabalho, é a aquisição da competência interpessoal. Claramente todos reconhecemos que o profissional precisa ter a competência técnica em sua área específica de atividade. A competência interpessoal, porém, complementa a técnica. Portanto em cada profissão, os dois tipos de competência são necessários, embora em proporções diferentes.
A competência para o relacionamento interpessoal fica evidenciada quando as soluções são alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente, como quando começaram a resolver seus problemas. Para que isso ocorra, é necessário abrir um espaço interno de discussão que vá além do conhecimento técnico e da divisão do trabalho, onde se possa discutir as regras de consenso para trabalhar em conjunto e a elaboração de confiança entre as pessoas.
Portanto, avaliar a nossa conduta, nossos comportamentos e percepções frente aos outros é o primeiro passo para que haja coesão nas relações grupais, bem como, se crie sinergia e condições reais de se ganhar mais competitividade através das pessoas.
Quem ganha mais com isso, a empresa ou o funcionário?
Um clima agradável no trabalho é sempre vantajoso para ambas as partes, funcionários e empresa e o resultado é menos estresse, mais prazer em estar na organização, mais envolvimento com o trabalho, melhor desempenho e resultados. A comunicação é uma necessidade do ser humano e a amizade entre os colegas de profissão pode ser muito produtiva, o que depende, única e exclusivamente, de saber separar as coisas. É preciso saber separar os papéis, assim como muitas mulheres por exemplo, que são mães, esposas e profissionais sabem desempenhar cada papel na hora mais apropriada.
Não se pode generalizar que em todas as empresas há algum tipo de conflito interno, causado pelos indivíduos que interagem diariamente no ambiente de trabalho, mas o fato é que no mundo empresarial eles existem e podem prejudicar o desempenho da equipe, assim como os resultados esperados pelas empresas, impactando inclusive no clima organizacional. Às vezes, os problemas de relacionamento não são visíveis, ficam mascarados e embutidos intrinsecamente em cada um, onde só podemos percebê-los por meio de ações, do comportamento e no modo de agir com os outros membros da equipe.
Mas isso já é assunto para nosso encontro da próxima semana! Até lá.
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS:
MOSCOVICI, Fela. A organização por trás do espelho:reflexos e reflexões. 2.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003.
MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. 11 ed. Rio de
Janeiro: José